sexta-feira, 4 de abril de 2014

DÍZIMO, MINHA OFERTA DE GRATIDÃO AO SENHOR

Leia o Capitulo 7 de Hebreus

O dizimo é a decima parte (10%) de tudo que se recebe: fruto da terra, procriação dos animais, doações, heranças e valores nas mais variadas formas.
Para que você compreenda o dízimo de forma que não se contamine com as teorias diabólicas que atacam a igreja, entenda que o dízimo e uma OFERTA DE GRATIDÃO À DEUS.

A primeira menção clara sobre dizimo foi a de Abraão dando dízimos ao Sacerdote de Salem (futura Jerusalém) Melquisedeque (Gênesis 14:18-20), o que aponta para nosso dever de gratos também na nova aliança com dízimos, visto que Cristo é Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque e nós somos sacerdócio real de Cristo (Apocalipse 1:6).

Antes dessa passagem vemos OFERTAS DE GRATIDÃO que apontavam para o dizimo, onde a primeira mencionada foram as de Cain e Abel (Gênesis 4:3-4). Essas ofertas eram feitas em gratidão a Deus pela prosperidade da terra e dos animais de criação.

Na bíblia também vemos sacrifícios de obediência, tau como quando Abraão foi ao monte para sacrificar seu filho em obediência a Deus (Gênesis 22:2), no entanto, esse tipo de sacrifício não é da natureza de Deus, sabendo isso, Abraão obedeceu com a fé de que Deus iria prover uma situação que lhe tiraria de uma situação que confrontava a natureza de Deus (Gênesis 22:8; 11-13).

Sendo assim, podemos dividir os sacríficos em três categorias:
1.       Sacrifícios de obediência – onde você cumpre uma ordenança do Senhor Soberano;

2.       Sacrifícios expiatórios – Derramamento de sangue para remissão de pecados (já foi totalmente cumprido em Cristo, não sendo mais necessário aos homens praticarem);

3.       Sacrifícios de gratidão – Ofertas de gratidão a Deus pelos seus feitos e justiça.

Com a lei de Moises veio os sacrifícios expiatórios com base na pascoa que acabava de acontecer antes da saída do Egito (Êxodo 12:27), que não tinha nada a ver com dízimos, mas sim com derramamento de sangue para expiação de pecados (Êxodo 29:20-21).
Embora Moises seja o intermediador da lei de Deus, ele era um líder governamental que passou a liderar sua nação de origem, existindo assim uma diferença entre lei de Moises e lei de Deus:

1ª A lei de Deus está contida na lei de Moises, mas na lei de Moises haviam normas que o mesmo aprendeu com sua educação egípcia, sendo que o mesmo as adornava com base nos ensinamentos recebidos de sua mãe na infância (Êxodo 2.9), o que chamamos de preceitos civis da lei(Hebreus 10:1-14);

2ª A lei de Moisés era para o povo Judeu, a lei de Deus é para humanidade (Isaias 24:5; Salmo 119:44, 142).

3ª A lei de Moisés apontava para o sacrifício de Cristo, sendo abolida com o total cumprimento dela por ele no sacrifício da cruz, nos tornado agora despenseiros da graça por ele revelada (I Coríntios 4:1; I Pedro 4:10);

4ª A lei de Deus é moral, a de Moisés é civil e cerimonial;

5ª O dízimo na lei de Moisés era para os judeus e sustento da tribo de Levi, já o dízimo (oferta de gratidão) no novo testamento é para sustento da Igreja em forma de sacerdócio real de Cristo na ordem de Melquisedeque (Malaquias 3:10; Hebreus 7:6-9; 2 Coríntios 9:7; Lucas 10:7; 2ª Coríntios 11:7-9; 1 Timóteo 5:17-18).

Quando vemos a evolução de sacrifícios por pecados e dízimos, vemos que um era diferente do outro.

O sacrifício por pecados veio na dispensação da lei (Hebreus 5:1-10; 2ª Reis 12:16; Êxodo 30:10).

Já as ofertas de gratidão, vem desde Adão e Eva com seus filhos (Gênesis 4:3-4), tomando forma de dizimo com a dispensação patriarcal (Gênesis 14:18-20; 28:22).

Jesus foi o sacrifício perfeito, abolindo assim a nossa obrigação de apresentarmos sacrifícios pelos nossos pecados, no entanto continuamos necessitados de sermos gratos a Deus por tudo que ele nos faz, daí entra o dízimo (oferta de gratidão) que não era um ato criado na lei, mas um ato praticado desde os primórdios da humanidade (Capitulo 10 de Hebreus; 1ª Pedro 2:5).

O dízimo da lei era para os Judeus, pois era cheio de rituais e leis para entrega correta (Levítico 27:32; Números 18:28; Deuteronômio 12:6,11).

O dizimo da ordem de Melquisedeque acompanha o sacerdócio real de Cristo, representado hoje pela igreja (1ª Pedro 2:9-10; Apocalipse 1:6; 5:10).

Assim como os Levitas eram os únicos autorizados a receber dízimos na dispensação da lei, aqueles que representam a igreja na terra são autorizados a receberem na graça (João 13:29; Lucas 10:7; 2ª Coríntios 11:8; 1ª Timóteo 5:17-18; Atos 5:1-10; 4:34,37; 2ª Coríntios 9:7).

Diferença entre Dízimo, Oferta Alçada, Oferta de Amor e Esmola

Dizimo é uma oferta de gratidão de 10% de tudo que recebemos de Deus entregue em sua Congregação.

Oferta Alçada é um valor levantado e entregue por voluntariedade e amor em sua Congregação (Êxodo 25:1-2).

Oferta de Amor é um valor indefinido ou objeto que doamos para ajudar o próximo, um grupo ou uma instituição em algum projeto ou necessidade.

Esmola é uma pequena ajuda voluntaria de valores ou alimentos entregue a um necessitado.

Dízimo e Oferta Alçada são atos de devoção e gratidão públicos (assim como sua confissão de fé) entregues exclusivamente na casa do tesouro e administrados pelos líderes da Congregação que você faz parte, é parte inerente de seu relacionamento com Deus e a Igreja. Seu uso dar-se conforme as prioridades abaixo:

  •       I.           Sustento dos obreiros missionários;
  •      II.           Pagamentos de despesas de água, luz e comunicação;
  •     III.           Pagamento de despesas administrativas;
  •     IV.          Pagamento de despesas com prestação de serviços;
  •      V.          Manutenção da estrutura física do templo e de seu patrimônio;
  •     VI.          Manutenção de departamentos;
  •    VII.         Evangelização e expansão da igreja;
  •   VIII.         Instrução dos fiéis;
  •     IX.          Ajuda social aos irmãos necessitados da igreja;
  •      X.          Doações.

Já as ofertas de amor e esmolas tratam de seu relacionamento com o próximo, são entregues diretamente aqueles a quem Deus lhe tocar que entregue, não devem ser expostas, ou seja, quem as pratica não deve sair tocando trombeta (Mateus 6:1-3).


Dúvidas Acerca do Dízimo e Oferta

1.       Quando devo dar o meu dizimo?
O dizimo é primazia das bênçãos concedidas, ou seja, devemos entrega-lo assim que recebemos a benção (salario, benefício ou bens financeiros).
Acumular dízimos é um perigo para o crente, pois ele estará sujeito as circunstâncias da vida e astucia diabólica que poderão consumir o que ele reservou para devolver a Deus. Lembre-se, o dízimo é um ato de desprendimento material que lhe posiciona como alguém que acredita em Deus e tem fé que tudo que recebeu provem dele.

2.       De que parte do meu ordenado devo entregar os dízimos, do bruto ou do liquido?
Para não correr risco de ser tentado numa eventual dispensa do trabalho de você não dizimar das contas (valor alto), o ideal é você dizimas do bruto.

3.       Tenho empréstimos descontados em folha, o que me faz receber apenas uma parte do meu salário, devo dar o dizimo do liquido ou do bruto nesse caso?
Se você deu o dizimo do empréstimo que fez, a parcela que você paga ao banco já está dizimada, daí você subtrai a parcela do empréstimo do salário bruto e entrega do dízimo do resultado, mas se você não dizimou do empréstimo, terá que dizimar do bruto sem subtrações.

4.       Já fui dizimista fiel, mas eu não vinha dando meu dizimo a algum tempo, devo dar os dízimos que não dei?
Você não é obrigado a dar dízimos de tempos anteriores, pois o dízimo é uma oferta de gratidão pelo que Deus fez na época, só que você não foi grato naquele tempo, portanto, o fato de você dar atrasado não vai lhe isentar da culpa da ingratidão, mas sim se você se arrepender e passar a fazer certo agora. No entanto se você tiver condições e se sentir tocado a dar mais do que o dízimo como forma de arrependimento, não estará pecando e Deus julgara as intenções de seu coração.

5.       Posso entregar meu dízimo em outras igrejas que vejo que estão necessitadas?
O dízimo não é uma oferta de caridade, é um ato de fé e gratidão a Deus, é um ato inerente ao seu relacionamento com Deus e sua Congregação, a bíblia nos orienta a entregarmos os dízimos em nossa congregação. Caso você queira ajudar uma igreja necessitada, você poderá dar uma oferta de amor naquele lugar.

6.       Posso usar meu dízimo para ajudar os pobres e necessitados?
O dízimo é de administração da ordem sacerdotal de sua congregação, ou seja, o pastor e o ministério é quem administram para onde serão investidos os recursos de acordo com as despesas, obrigações e necessidades da igreja e seus membros. Administrar seu dízimo é como se você recebesse um dinheiro de alguém para entrega-lo a outra pessoa e você no meio do caminho usa-o em seu benefício ou de terceiros, ou seja, o uso do que não é seu é roubo (Malaquias 3.8-10).
Se você identifica alguém em situação difícil e quer ajudá-la, você poderá dar uma esmola ou uma oferta de amor a essa pessoa, mas se você não tiver condições, pode se unir com outros irmãos e amigos para este fim ou procurar seu pastor para ver a possibilidade da igreja ajudar, mas nunca use seu dízimo para este fim pois você estará fazendo o que parece certo, mas da forma errada.

7.       Devo dar dízimo da venda de carros ou imóveis?
Neste caso, só do lucro da operação.
Ex: Como dizimista fíél, você comprou uma casa por R$10.000,00 e depois de algum tempo vendeu a mesma por R$25.000,00, você dará o dizimo só dos R$15.000,00 de lucro, pois os outros R$10.000,00 já haviam sido dizimados. Agora, se você ganhou uma casa e não teve custos e depois vende, você lucrou o valor total, portanto deverá dizimar tudo.
O mesmo raciocínio se aplica a venda de carros e de qualquer outra coisa.

8.       Sou comerciante, como devo proceder com meu dízimo?
Você só irá dar o dízimo de seu lucro real, subtrairá as despesas gerais da receita bruta, o resultado é seu lucro, daí você entregará seu dízimo.
Procure entregar seu dízimo de acordo com o fechamento dos caixas, ou seja, separe o dízimo diariamente e entregue-o no primeiro culto que for, pois o acumulo de valores pode tenta-lo ao gasto e Satanás pode criar situações para que você gaste o que não é seu.

9.       Meu marido é ímpio, ele ganha dinheiro desonestamente, sempre ele me dá um pouco, devo dar o dízimo do dinheiro de origem ilícita?
Se você tem consciência que o dinheiro é de origem ilícita, você nem deve receber, quanto mais dar o dízimo, é uma abominação a Deus, mas se você não sabe da situação ou origem do dinheiro e dá o dizimo, não se preocupe, pois Deus não irá lhe condenar por ignorância de algum assunto. (Deuteronômio 23:18)

10.    Devo declarar meu dizimo ou não?
Para responder essa questão devemos considerar alguns pontos:
         I.            Ao contrário do que pregam alguns, o dízimo era declarado sim no antigo e novo testamento, em todas as passagens que falam do assunto ele era declarado por se tratar de ato de fé e gratidão e não de uma doação;
        II.            Não podemos confundir dízimo e esmola, quando Jesus disse que o que a tua mão direta faça, não seja visto pela esquerda, ele estava falado de esmola, não de dizimo;
      III.            Todos os dízimos dos Judeus eram declarados, Jesus e os apóstolos viram tanto a oferta da viúva quanto o dízimo do fariseu, ele não ignorou o fato dele ter declarado, mas sim sua hipocrisia em dar das sobras e exaltou a viúva por ter dado tudo. Alguns “contra-igreja” alegam que Jesus sabia dos valores pela sua onisciência, mas ele pergunta aos discípulos quem deu mais, só que nós sabemos que eles não eram oniscientes, o ato de onisciência de Jesus se aplica em saber que o fariseu deu das sobras e a viúva deu de tudo que tinha, só isso;
      IV.            O dízimo de Abraão à Melquisedeque foi declarado (dizimou dos despojos, ou seja, todos sabiam quanto de despojos estava em jogo);
       V.            De acordo com o estatuto da IEADERN, os membros são orientados à declarar o dízimo, já aos obreiros é obrigatório. Lembre-se, mesmo que o estatuto lhe oriente a ser dizimista, de qualquer forma você já assumiu esse compromisso diante de Deus no momento que aceita a Jesus e seus mandamentos, na sua profissão de fé antes do batismo e no caso dos obreiros, todas as vezes que foi separado para alguma ordenação (auxiliar, diácono, presbítero, evangelista ou pastor). Não entregar seus dízimos lhe deixa na condição de infiel e descumpridor das suas promessas.
      VI.            A declaração isenta o crente de possíveis falsos testemunhos contra sua pessoa, estimula-o em seu dever, pois o mesmo terá um histórico para glorificar a Deus, servirá de prova se satanás o acusar de hipócrita nos assuntos relativos a dízimo, ajudará a gestão da igreja a se programar na manutenção da obra, aplicação de investimentos, ajudas missionários, serviço social, sustento de obreiros, aquisição de bens para igreja, elaboração de projetos a longo prazo e etc.
Portanto meu amado(a), o dízimo é um dever de todo Cristão, sua declaração é uma prova de fé e gratidão e não hipocrisia, não confundamos declarar o dízimo a gestão da igreja com tocar trombeta para se gloriar. Mateus 6:1-3


Por Pb. Gilmar Sousa

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